Thursday, October 07, 2004

Um a um.

Palatsi retardou a derrota. Mesmo admitindo que foi mal batido no segundo golo do Benfica, Palatsi merece ser destacado. Na hora do sufoco, o guarda-redes francês esteve em grande.
Negou golos a Simão, Nuno Gomes e Petit.
Alex: de jogo para jogo mostra-se mais adaptado ao lugar de defesa-direito. Está de pedra e cal no lugar.
Paulo Turra: não teve vida fácil na marcação a Nuno Gomes. Perdeu alguns lances mas não foi por aí que o gato foi às filhós.
Dragoner: falar da sua classe já é um lugar comum. Eficaz e discreto, é claramente um senhor da defensiva vitoriana.
Cléber: o Vitória encontrou o seu novo defesa-esquerdo. Mostra-se perfeitamente adaptado ao lugar.
Moreno: está a nascer um novo Fernando Meira. Possante e destemido, manda na sua área de intervenção.Tem lugar na equipa.
Alexandre: um operário incansável. Corre quilómetros e com bons índices de eficácia.
Djurdjevic: teve a primeira oportunidade de golo nos pés e desperdiçou-a. Rubricou uma exibição positiva.
Marco Ferreira: comprometeu as aspirações da equipa com uma atitude irreflectida. Um jogo para (não) esquecer.
Luís Mário: ganha entrosamento gradual. E com isso sobe claramente de forma.
Silva: sem grande apoio na frente de ataque não teve vida fácil entre os centrais do Benfica.
Bessa: foi chamado à equipa no momento difícil em que a ordem era segurar o empate.Cumpriu.
Nuno Assis: a sua entrada introduziu claras melhorias na equipa. Deu alguma água pela barba à defesa encarnada.
Romeu: fez uma exibição com entrega e abnegação. Como se esperava e era necessário. Arrancou o penaltie.
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A "prenda" de Marco

Uma verdadeira infantilidade de Marco Ferreira comprometeu irremediavelmente as aspirações do Guimarães neste jogo com o Benfica.
Aos 41 minutos, o médio do Vitória cometeu uma falta grave sobre Ricardo Rocha depois de já ter visto uma primeira cartolina amarela aos 30 minutos. Esta atitude irreflectida de Marco Ferreira não só reduziu o Vitória a 10 unidades como fez desmoronar a estratégia táctica traçada por Manuel Machado.
Até à expulsão de Marco Ferreira, nem Vitória nem Benfica conseguiram impor o seu futebol. É verdade que a formação vitoriana entrou com ímpeto atacante cujos resultados práticos se resumiram a um remate de Djurdjevic que passou perto do poste direito da baliza de Moreira. Uma situação de perigo a que respondeu o Benfica com um remate de Nuno Gomes que obrigou Palatsi a uma defesa apertada. A toada algo monótona do futebol praticado, só acabaria com a expulsão de Marco Ferreira. Com vantagem numérica, o Benfica pôde, enfim, beneficiar dos espaços necessários para atacar e criar desequilíbrios. Visivelmente intranquilo e atordoado, o Vitória passou por maus momentos. A baliza de Palatsi estava debaixo de mira constante dos atacantes benfiquistas. O guarda-redes francês do Vitória negou três vezes o golo à equipa encarnada. Manuel Machado procurou soluções e lançou Nuno Assis e Romeu no jogo, retirando Luís Mário e Silva. O tempo provou que os assobios para Manuel Machado eram injustos. O Vitória melhorou substancialmente. Estendeu o seu futebol e conseguiu libertar a equipa do sufoco atacante encarnado. Mesmo assim, o Benfica chegou ao golo num livre apontado por Simão. O Vitória não se rendeu. Mostrou atitude e foi à procura do golo que conseguiria na marcação de uma grande penalidade a castigar falta de Luisão sobre Romeu. Assistia-se, então, a um futebol electrizante com as duas equipas a procurarem o golo. Com o Benfica mais balanceado para o ataque, Nuno Assis usava a velocidade para levar o perigo à baliza do Benfica. Aos 78 minutos, Moreira negou-lhe o golo e, pouco depois, uma má recepção impediu o jogador do Vitória de ficar isolado. Na sequência desse lance, o Benfica chegou novamente ao golo por intermédio de Geovani. Uma vez mais, um lance de bola parada ditou nova derrota do Vitória.
O árbitro não teve uma exibição positiva. Cometeu vários erros e em prejuízo das duas equipas.
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